Mercado de pagamentos

O que está por trás dos pagamentos com cartão?

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Diariamente milhões de transações são realizadas por dia, levando apenas alguns poucos segundos para serem processadas. Para garantir a eficiência e rapidez no momento deste grande volume de compras, existe um ecossistema que torna estas operações possíveis. O último levantamento realizado pela Associação Brasileira das Empresas de Cartão de Crédito e Serviços (Abecs) aponta que a quantidade de pagamentos por cartão no Brasil registrou um aumento de 10,7% durante o primeiro trimestre de 2023.

Vamos a ver o que acontece nos “bastidores” de uma compra com cartão e como essa transação é feita em poucos segundos:

Primeiro vejamos os atores. Em um pagamento com cartão, seja este físico ou via carteira digital, estão envolvidos alguns atores principais: o comprador, também chamado de titular do cartão; o vendedor, também conhecido como lojista e entre estes dois, o banco que emitiu o cartão; a bandeira (mais conhecida como a rede do cartão, como por exemplo Visa, Mastercard, ELO e American Express); o adquirente (responsável pela relação comercial com o lojista) e a solução de pagamento (em geral empresas de tecnologia que habilitam esses atores a operar). 

Assim, para cada compra que é feita, este ecossistema se encarrega de garantir o envio e o recebimento. Uma viagem de ida e volta do Brasil para os Estados Unidos (para as bandeiras Visa, Mastercard e American Express) em poucos segundos, de forma rápida e segura. 

Ao final da compra, quando o comprovante é emitido, até parece fácil, mas por trás das cortinas muita gente trabalha para manter essa jornada rápida, segura, prática para quem usa e a pleno vapor. Depois dessa viagem o dinheiro é depositado na conta bancária ou na conta de pagamento do lojista dependendo do tempo (e do preço) acordado. 

O setor de pagamentos passou por grandes mudanças tecnológicas nos últimos anos que possibilitaram o aumento na quantidade de transações de forma mais otimizada. Isto se deve principalmente para atender ao surgimento de novos players, como fintechs e paytechs, do movimento de bancarização, que inseriu no mercado financeiro pessoas que viviam à margem da formalidade bancária e uma política regulatória que cria novos ambientes, mais competitivos e saudáveis para a economia.

Até alguns anos atrás existia uma pequena quantidade de adquirentes, com pouca concorrência e havia um incentivo menor para inovar e melhorar os serviços. Dessa forma, o ambiente era restrito e a inovação mais lenta, além de ser caro manter essas operações funcionando.

Hoje a configuração do mercado está diferente, uma ampla gama de soluções foi desenvolvida e consolidou-se nos últimos anos. Como por exemplo o chip por NFC, que é a tecnologia base para transações por aproximação, QR Codes e links de pagamento. 

Do outro lado do balcão, também ocorreram muitas mudanças. Às tradicionais maquininhas, juntaram-se os mPOS (dispositivos ligados a celulares) e também a tecnologia Tap to Phone, software que transforma um smartphone num terminal de pagamento. 

O desafio para os atores desse mercado está em fazer um equilíbrio entre a experiência do usuário e a segurança das operações. Neste sentido, a tecnologia também tem feito a diferença, como podemos observar cada vez mais com a modernização dos bancos tradicionais e o surgimento de fintechs, que passaram a contar, por exemplo, com processos de autenticação de compras por meio de biometria. 

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Geopagos

Publicado el

7 de Setembro, 2023